“Segunda-feira dia 07/02, volta às aulas, do nosso ano letivo 2011.”

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A Reforma da Língua Portuguesa

GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo número 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.

Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos, elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver
rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação com questões teóricas.

Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações.
Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida:
km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);

b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados):
show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era: agüentar, argüir, bilíngüe, cinqüenta, delinqüente, eloqüente, ensangüentado, eqüestre, freqüente, lingüeta, lingüiça, qüinqüênio, sagüi, seqüência, seqüestro, tranqüilo

Como fica: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta, delinquente, eloquente, ensanguentado, equestre, frequente, lingueta, linguiça, quinquênio, sagui, sequência, sequestro, tranquilo.

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.


Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era: alcalóide, alcatéia, andróide, apóia (verbo apoiar), apóio (verbo apoiar) , asteróide, bóia, celulóide, clarabóia, colméia, Coréia, debilóide, epopéia, estóico, estréia, estréio, geléia, heróico, idéia, jibóia, jóia, odisséia, paranóia, paranóico, platéia, tramóia

Como fica: alcaloide, alcateia, androide, apoia, apoio, asteroide, boia, celuloide, claraboia, colmeia, Coreia , debiloide , epopeia, estoico, estreia (verbo estrear) estreio, geleia, heroico, ideia, jiboia, joia, odisseia, paranoia, paranoico, plateia, tramoia


Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.


2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.

Como era: baiúca, bocaiúva, cauíla, feiúra.

Como fica: baiuca, bocaiuva, cauila, feiura.

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição fi nal (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.


3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era: abençôo, crêem (verbo crer), dêem (verbo dar) , dôo (verbo doar), enjôo, lêem, (verbo ler), magôo (verbo magoar), perdôo (verbo perdoar), povôo (verbo povoar), vêem (verbo ver), vôos, zôo.

Como fica: abençoo, creem, deem, doo, enjoo, leem, magoo, perdoo, povoo, veem, voos, zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era: Ele pára o carro. Ele foi ao pólo Norte. Ele gosta de jogar pólo. Esse gato tem pêlos brancos. Comi uma pêra.

Como fica: Ele para o carro. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pera.

Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles
convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma
do bolo?



5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.

Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.

b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.

Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.


Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefi xos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-história, mini-hotel, proto-história,
sobre-humano, super-homem, ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.

Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem,
autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semiopaco.

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.

Exemplos: anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoproteção, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno.

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.

Exemplos: antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo, ontrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema, minissaia, multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, ultrassom.

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.

Exemplos: anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-inflamatório, auto-observação,
contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque, micro-ondas, micro-ônibus, semi-internato
semi-interno

6. Quando o prefi xo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.

Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.

Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.

Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante, superotimismo.

8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.

Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, sem-terra.

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.

Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.

Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.

Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé.

12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.

Exemplos:

Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos.


Resumo

Emprego do hífen com prefixos
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.

Outros casos
1. Prefi xo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.

2. Prefi xo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

Observações

1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.

2. Com os prefi xos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

3. O prefi xo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

4. Com o prefi xo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.

5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.

6. Com os prefi xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular,
pró-europeu.


A Editora Melhoramentos, sempre preocupada em auxiliar os estudantes brasileiros no seu aprendizado e crescimento pessoal, lança o Guia Prático da Nova Ortografi a, que mostra, de maneira clara e objetiva, as alterações introduzidas na ortografia do português pelo Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa (1990).

A implantação das regras desse Acordo, prevista para acontecer no Brasil a partir de janeiro de 2009, é um passo importante em direção à criação de uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos s países que tenham o português como língua oficial: Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.

Este guia não tem por objetivo elucidar pontos controversos e subjetivos do Acordo, mas acreditamos que será um valioso instrumento para o rápido entendimento das mudanças na ortografia da variante brasileira. As dúvidas que porventura existirem após a leitura do Guia Prático da Nova Ortografia certamente serão resolvidas com a publicação de um Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), como está previsto no Acordo.
Editora Melhoramentos
Agosto de 2008
Autor: Doulas Tufano
Formatação para este Blog: Irecy Damasceno

Exemplo de mãe

Por Irecy Damasceno - Orientadora Tecnológica

Esta história começou há muito tempo atrás...
Hoje, eu vou contar apenas uma parte dela para fazer uma justa e merecida homenagem a uma mãe que sonhou com um futuro melhor para seus filhos e para si, contornou os obstáculos, superou as dificuldades e venceu os desafios.Nelma Nascimento Inácio Biazini (36 anos), tem dois filhos naturais Danilo e Tainá, neste ano (início de 2009) adotou mais um, o Matheus. Os três estudam no C. E. Julião Nogueira. Ela, o esposo e seus três filhos moram na zona rural num lugar de difícil acesso chamado Aleluia do Imbé que fica na estrada de Lagoa de Cima do mesmo lado do distrito de São Benedito em Campos dos Goytacazes.Quando criança estudou numa escola próxima a sua residência. Amava os livros, levantava cedo ia para a escola rezando para que a professora não faltasse. “Era muito triste ter que voltar para casa sem aula, e acontecia sempre, aí o dia ficava muito comprido as horas custavam a passar. Quando chovia eu desenhava o Sol bem grande no chão colocava sal nos olhos dele, porque diziam que o sal puxava a água e fazia a chuva parar.”Aos dez anos, Nelma teve que parar de estudar porque a escola fechou. “Era difícil para os professores chegarem lá, como eles faltavam muito e tinha pouco aluno o governo fechou a escola”. Depois disto ela ficou sem estudar, mas dentro do seu coração sabia que um dia conseguiria voltar para uma escola. Casou-se teve dois filhos e dedicou-se integralmente a sua família.

“Meu marido, que sabia do meu sonho, me incentivava a voltar a estudar, mas eu falava para ele que quando os meus filhos estivessem maiores eu voltaria porque eu não queria deixá-los por conta de outras pessoas.”Danilo e Tainá estudaram numa escola próxima à casa da família, que só tem o 1º segmento do Ensino Fundamental. Quando Danilo terminou a quarta série Nelma sabia que precisava tomar uma difícil decisão. Tinha que pagar o preço, não apenas para realizar o seu próprio sonho interrompido há dezoito anos, mas principalmente para que a sua história não fosse repetida na vida dos seus filhos.Em 2003, num dia quente de verão, Nelma saiu de sua casa e veio ao C. E. Julião Nogueira para matricular os seus filhos, Danilo na quinta e Tainá na quarta série. Mas, ela não queria só isso. Sabia que o governo tinha uma dívida com ela. O choro daquela criança de dez anos, hoje mulher feita e mãe, se transformou em pedido, quase lamento para que a escola também aceitasse a sua matrícula. Inicialmente a escola disse não. Tentou convencê-la de que a sua idade era um importante fator de impedimento para realizar a sua matrícula no 1º turno, entre os alunos menores. Você está fora da faixa etária, só podemos fazer a sua matrícula na EJA – Ensino de Jovens e Adultos. Porque a linguagem do professor... Porque os interesses dos alunos... Porque os conteúdos... Nada a convenceu. Após ouvir sua história a escola se sensibilizou e resolveu aceitar a sua matrícula na quarta série regular, ela com 31 junto com os alunos de 9 anos em diante. Hoje, Nelma Nascimento Inácio Biazini é aluna do 1º turno, Fase III EM- EJA.Aconteceu um fato este ano que revela outro perfil desta grande mulher. Ela soube da história de um menino chamado Matheus que estava com um triste destino traçado. Morador de uma localidade chamada “Mocotó”, teria que parar de estudar, por ter concluído o ciclo que a escola local oferecia. Este menino mora a aproximadamente 2h de caminhada da casa da Nelma (não soube falar a distância). Para conseguir chegar ao C. E. Julião Nogueira ele teria que levantar à 1h para se preparar, caminhar 3h para embarcar no ônibus das 5h, andar embarcado mais 2h para o inicio das aulas às 7h. A mãe do Matheus decidiu então que não iria submeter o seu filho a este imenso sacrifício. Sabendo deste caso Nelma se ofereceu como mãe adotiva da criança. Sua proposta foi aceita e o Matheus passou a morar em sua casa como filho. Ela assumiu todas as responsabilidades referentes ao estudo, alimentação e saúde dele.Durante os últimos cincos anos a rotina semanal da mãe e aluna Nelma é a seguinte: levanta às 4h da madrugada, acorda os filhos, agora são três, prepara e serve o café, se arruma, sai de casa.
Desce o morro com os filhos para embarcarem no ônibus das 5h, que já está lotado. Quando ainda tem cadeiras vazias eles sentam, mas logo precisam levantar para ceder o lugar aos passageiros que pagam. Acontece com frequência defeito no ônibus. Quando chove muito a estrada fica intransitável, em consequência disso, ou eles ficam em casa ou a viagem atrasa, mas quando tudo dá certo eles chegam às 7h na escola. Quando falta professor ou acontece algum outro imprevisto que seja necessária a suspensão das aulas, esta família literalmente perde o seu dia porque o ônibus de volta sai de Campos às 13h e eles só chegam em casa às 16h30min depois de subir o tal morro.Após a rotina de estudante a dona de casa Nelma, vence o cansaço e inicia sua outra jornada: lavar, passar, cozinhar, servir o jantar, colocar os filhos para estudar e também estuda. “Quando eu preciso de um reforço, quando não estou entendendo a matéria meus filhos me ajudam e quando eu sei eu ajudo eles.”Dormem por volta das 20h30min para acordar no dia seguinte novamente às 4h e começar tudo de novo.O C. E. Julião Nogueira faz à Nelma Nascimento Inácio Biazini, uma homenagem pelo exemplo de luta, perseverança, solidariedade e fé. Encontramos nela todos os requisitos que uma MÃE precisa ter. Podemos avaliar pelas atitudes e notas dos seus filhos a educação dos valores genuínos que lhes foram ensinados. Podemos perceber também o valor que tem para a criança uma família bem estruturada e uma MÃE que reconhece a educação escolar como meio legítimo de ascenção social, de oportunidades de melhores salários e de mudança de vida.
(Nelma e seus filhos. Fotos: Irecy Damasceno)

Palestra de Petroleo e Gas


C. E. Julião Nogueira uma escola que mudou a minha forma de pensar a vida, renovou a minha esperança na educação brasileira. Uma escola com um corpo docente de verdadeiros educadores. Os alunos têm muita sorte de ter encontrado estas pessoas maravilhosas em seu caminho. É de profissionais assim que nós precisamos em todas as áreas de nossa vida, principalmente na educação que é a base de tudo. Muita luz, muitas felicidades e sucesso a vocês alunos e professores desta escola maravilhosa que é o C. E. Julião Nogueira. Parabéns!!!

Palestra Sobre Petroleo e Gas


C. E. Julião Nogueira uma escola que mudou a minha forma de pensar a vida, renovou a minha esperança na educação brasileira. Uma escola com um corpo docente de verdadeiros educadores. Os alunos têm muita sorte de ter encontrado estas pessoas maravilhosas em seu caminho. É de profissionais assim que nós precisamos em todas as áreas de nossa vida, principalmente na educação que é a base de tudo. Muita luz, muitas felicidades e sucesso a vocês alunos e professores desta escola maravilhosa que é o C. E. Julião Nogueira. Parabéns!!!

 
©2009 Alexandre Fernandes Por Orkut